Claro que há uma excelente "justificativa" para isso: a crise.
Mas, se estamos em crise, isso é razão para copiarmos descaradamente o que é legítimo?
O pior de tudo é que tenho uma sensação que começam a ficar mais evidentes as réplicas humanas. Pessoas querendo se parecer com outras, como se assim, por mera semelhança, passassem a ter os mesmos privilégios que imaginam que o outro desfruta. Experimente observar a entrada para uma balada, as roupas das pessoas, os gestos e se tiver oportunidade, os assuntos que são abordados.
É como se a nossa civilização tivesse evoluído para nos tornarmos réplicas daquilo que se acredita que dá certo.
O que gerou a evolução, a melhoria contínua, não é mais um objetivo geral. A ordem agora é fazer sucesso com o mínimo de esforço e comprometimento. Pode até dar certo por um tempo, mas não dura.
Bem, vamos lá, vamos ao centro da questão. Porque a cópia descarada de tudo que está fazendo sucesso está em alta?!! Simplesmente porque vivemos um tempo do "querer imediato", um tempo em que tudo se faz para não perder tempo, para agilizar, para ter mais tempo (ah...esse tempo precioso de vida!). Mas, ter mais tempo para quê?
A resposta é cruel: para copiar mais coisas e pessoas.
Estamos num tempo de existência, em detrimento da vivência.
Como Coach eu costumo perguntar qual é o objetivo das pessoas. Pasmem! Muitas, a grande maioria não tem objetivo de vida, apenas de consumo!
O uso do "ponto de exclamação" é porque eu estou literalmente impactada com essa constatação. Quando vou conversar com uma pessoa para ajudá-la como profissional ou mesmo quando conheço pessoas, geralmente preciso fazer um processo de descasque até chegar à pessoal real. A verdade é escondida como se fosse ruim, feia, vergonhosa.
A ironia aí reside; com tantos procedimentos para poupar tempo, as pessoas criam dificuldade na hora de realmente serem elas mesmas, o que "custa" um tempo enorme para quem com elas se relaciona.
Ah os relacionamentos!!!
Esses são os mais prejudicados pelo modismo das réplicas. As pessoas se tornam tão falsas que muitas vezes nem elas sabem mais o que querem. Fazem perguntas para respostas que não desejam, fazem planos para vidas que não desejam, fazem esforços para manter trabalhos que não desejam.
Então, quando tudo fica muito ruim, partem em busca de ajuda, mas também não conseguem, pois já se perderam nos labirintos que criaram para assumir a semelhança com algo que não são.
Assim como com pessoas, os produtos genuínos, os originais, acabam ficando quase inatingíveis por sua qualidade superior, por sua integridade, pela ética com que é realizado/produzido, enfim, por ser algo que é feito com planejamento, com objetivo definido, por ter as energias voltadas para seu sucesso.
Então a réplica nunca é benéfica? Não, ela pode ser benéfica se tiver um cunho social e também uma responsabilidade em entregar o mesmo resultado.
A ideia é fazer o mesmo, de maneira mais acessível, mas nem por isso, perder a qualidade. Esse é um desafio monumental. Porém plenamente possível. Exemplo: Medicamentos Genéricos.
O importante é lembrar que as pessoas podem ser elas mesmas, podem fazer o mesmo que os outros sem precisar viver à sombra do sucesso alheio. Isso requer dedicação, comprometimento, responsabilidade, ética e capacidade de enfrentar desafios e autoconhecimento.
Podemos sim simplificar nossas vidas, basta que aceitemos nossa realidade. Aceitar não significa que tenhamos que nos acomodar a ela, uma vez percebida a realidade podemos trabalhar para melhorar tudo o que desejarmos. Novamente o comprometimento é necessário!
Esse é o princípio da melhora, quando nos concentramos em nós mesmos, não por egoísmo, mas por autorrespeito.
A fase em que estendemos isso ao próximo será assunto do próximo artigo.
Podemos sim simplificar nossas vidas, basta que aceitemos nossa realidade. Aceitar não significa que tenhamos que nos acomodar a ela, uma vez percebida a realidade podemos trabalhar para melhorar tudo o que desejarmos. Novamente o comprometimento é necessário!
Esse é o princípio da melhora, quando nos concentramos em nós mesmos, não por egoísmo, mas por autorrespeito.
A fase em que estendemos isso ao próximo será assunto do próximo artigo.
Simples assim.

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