Quando uma pessoa sofre uma decepção, uma traição ou uma perda, ela fica "sem chão". O mundo desmorona, tudo fica triste, a vontade de sorrir vai embora, tudo perde a graça: bate o desânimo e a autoestima é reduzida a zero. No começo, amigos, parentes, colegas procuram ajudar, animar, dar uma "força", aconselhar, todos querem que a pessoa melhore o mais rápido possível.
Surge a cultura do "deixa disso", "bola pra frente", "dor de amor se cura com um novo amor", "você é mais forte que isso", "o tempo é o melhor remédio". Tudo muito válido, mas na realidade saber disso não garante a cura, tampouco diminui a dor.
A pessoa que está sofrendo parece um boneco de molas nesse processo, vai pro lado que a empurram, e tenta, tenta muito, tenta de tudo para melhorar. Lógico que fracassa com dignidade.
A verdade é que a pessoa não consegue elaborar sequer uma simples estratégia mental para resolver a situação. Não consegue imprimir a própria vontade em suas atitudes. Então, liga "modo sobrevivência" e vai enchendo a vida de dias.
A PNL mostra que enquanto a pessoa está ASSOCIADA à dor, ela não consegue ver solução. Quanto mais tempo estiver associada ao problema, mais espaço ele toma na sua vida. A ferramenta utilizada para iniciar o processo de cura chama-se DISSOCIAÇÃO.
Dissociar é afastar-se da situação a ser resolvida, o suficente para conseguir enxergar a situação; poder entender qual foi a escolha que a pessoa fez que a levou a esse resultado indesejado. Sim, porque tudo o que acontece a uma pessoa, precisa da sua permissão. TUDO.
Meus alunos ficam muto zangados quando escutam esse Presssuposto da PNL pela primeira vez. Muitos me perguntam: _ Então eu é que sou o responsável pelas desgraças que aconteceram na minha vida? A resposta é: SIM! Ao escolher seu modo de viver a pessoa automaticamente aceita suas consequências. O importante é lembrar que nem sempre as escolhas são feitas de forma consciente e também não se pode controlar todas as consequências dessas escolhas.
A verdade é que se pode escolher como interpretar os fatos da vida. A forma como interpretamos os acontecimentos depende diretamente de nossos Mapas de Mundo, ou seja, a forma como uma pessoa aprende a perceber a vida. Usando as técnicas e ferramentas da PNL qualquer pessoa poderá mudar a forma como reage aos acontecimentos, mudando o seu comportamento de forma definitiva.
Então, usando a Dissociação a pessoa pode analisar, isenta da sensação dolorosa, a situação que deseja mudar.
Vamos usar um exemplo muito comum atualmente: o término de um relacionamento afetivo.
A pessoa sente como se tivesse um ferimento físico, a dor é intensa e paralisante.
Quando usa a técnica de se imaginar nessa situação, como se fosse um filme numa tela de tv ou cinema, ela se dissocia da dor e consegue "ver" o que está acontecendo, como e quando começou e principalmente porque terminou.
Isso não quer dizer que a pessoa passará imediatamente a dar pulos de alegria, a situação será sempre algo NÃO OK, porém a sensação paralisante e a dor física serão diminuídas a níveis suportáveis e que permitam articulações mentais.
Com o raciocínio lógico restabelecido é importante que a pessoa passe pelo processo de sentir a dor, entender, aceitar, superar. Essas fases devem ser obedecidas e aceitas. Cada fase tem seu tempo e modo de acontecer. O que ficará da situação será o aprendizado.
Assim a pessoa poderá seguir em frente, virar a página e estará livre para fazer novas escolhas, mais assertivas e ser feliz.
Esse é apenas o exemplo de uma das técnicas que a PNL usa para amenizar a dor e agir na causa desta dor, para que ela não volte mais.
Então, a fila anda!!!














